É a prova que faltava: nos filmes e séries as coisas são sempre mais rápidas. Quatro meses de especulação, teorias da conspiração, umas mirabolantes, outras nem tanto; eu a aguentar a criação escrita porque gosto de escrever com o mínimo de fundamento sempre que posso, tudo isso para chegar a esta altura e pensar ‘Isto no CSI ou no SEM RASTO teria sido bem mais rápido.
A razão pela qual eu penso assim não é por falta de sensibilidade à dor dos pais e dos irmãos da menina, ou por uma noção de desleixo ou menos empenho da parte das forças policiais intervenientes. Cada um fez aquilo que lhe cabia e que soube mas, pergunto eu, porquê tanto suspense?
Não ajudou em nada a pequena Maddie, não ajudou os pais, os irmãos; não contribui para o crédito das forças policiais portuguesas (cá dentro ou lá fora), aumentou a discrepância entre polícia e media. Criou um fosso de empenhamento que é incómodo.
Teve mais impacto que o caso da Joana? Eu sei lá. Nem quero saber, para ser sincero. Há muita coisa que ainda está por explicar, entre as quais um corpo por encontrar.
O único reparo que eu tenho, e espero que tenham isto em conta da próxima vez que surgir um caso semelhante, é que se já sabiam que ia ser este o fim, podiam ter-me avisado que eu mudava para o National Geographic.
Deus abençoe os animais pelo seu civismo.
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